quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Em águas santas


Treinando na piscina do kibutz
No mês de setembro, comemorou-se o ano novo judaico. Pegando carona nesta data festiva, o Harry foi matar as saudades da família que mora em Israel.
Obviamente que uma das primeira preocupações dele foi: onde eu vou nadar neste período? Indo para o quarto mês de treinamento, esta viagem não aconteceria sem que uma piscina estivesse disponível e garantida. Para a sorte do Harry, a família dele mora num kibutz (nota explicativa: kibutz é uma espécie de comunidade agrícola, onde as casas compartilham de áreas comuns. Hoje em dia, poderia ser comparado aos condomínios residenciais, como os de algumas cidades brasileiras, só que com "cara" de fazenda).
Em geral, nas áreas comuns há pelo menos uma piscina. Especificamente nesse kibutz uma das piscinas é semi-olímpica. Que sorte, hein, Harry! Mas... sempre tem um mas, os horários em que dsiponibilizaram para ele treinar eram muito ruins. Depois de um pedido especial, recebeu autorização para que durante a sua estadia, pudesse treinar quando fosse mais conveniente.
Por falar em conveniência, o fato da piscina ficar a 300 metros da casa da mãe dele não poderia ser mais conveniente! Segundo ele: "saía de casa só com a sunga, a prancha, a boia, o papel com treino, o suplemento, o oculos e a touca, (básico, não!) e isso depois de ter tomado um belo café da manhã com minha mãe. Foi simplemente maravilhoso! Me senti um atleta de ponta, em preparação para a Olimpíada..."
Depois do treino, hora do descanso, afinal, ninguém é de ferro!
À tarde, alternava caminhadas com mais um pouquinho de piscina.
O período de treinamento no kibutz foi especialmente bom. Durante 9 dias, o Harry experimentou o que vive um atleta profissional, onde seu foco é unicamente o treinamento. Foram treinos intensos, com concentração absoluta e que consequentemente tiveram resultados mais positivos. Aliar momentos de esforço com descanso, num equilíbrio adequado, fez toda a diferença.
Uma das partes do treinamento é contar as braçadas. A contagem dá a informação da quantidade de força usada na travessia entre uma borda e outra. O ideal é fazer entre 12 e 14 braçadas numa piscina de 25 metros (semi-olímpica). No momento, a marca está entre 16 e 18 e isso direciona o nadador para dosar melhor a sua força.
Além de dispor de uma boa piscina a poucos metros de casa, ter tempo de esforço e descanso balanceados e muitos mimos de mãe, águas da terra santa deram mais entusiasmo a esta etapa do processo de preparação.
Ok, Harry, você aliou o Buda da ioga com o Moisés das águas santas e injetou mais ânimo ao projeto!

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