segunda-feira, 25 de julho de 2011

Ode aos técnicos


Pódio com a bandeira do clube A Hebraica


Conversando com o Harry sobre o plano de treinamento, me dei conta de que ele não chegou até aqui de uma hora para outra.
E pensei que ao longo dos seus anos de esportista e especificamente de nadador, deve ter tido o apoio de vários técnicos.
Foi então que ele me contou mais especificamente como se envolveu com a natação e quem foram os técnicos que passaram pela sua vida.
Aos 37 anos, sofrendo de bronquite e asma, um médico recomendou a natação com fins terapêuticos. Foi aí que o Harry começou a nadar na Hebraica, clube paulistano que era sócio. Nadando informalmente foi convidado pela técnica Adriana Silva, para integrar a equipe de Masters do clube.
E foi assim, que mesmo sem planejar, o nosso personagem começou a natação competitiva.
"A Adriana Silva, com certeza foi quem primeiro me orientou, ensinou e corrigiu meu nado, pois nunca havia treinado na minha vida, muito menos participado de competições." Por essa fala, notei que embora algumas coisas acontecem casualmente, alguém que conhecemos despretensiosamente pode mudar a nossa vida.
Se a Adriana Silva conseguiu fisgar o Harry para a equipe de Marters e mantê-lo nadando pela Hebraica por anos, pode-se dizer que Beth Padilha foi a primeira técnica dele em Ilhabela.
Quando se mudou para o litoral, começou a tomar gosto por nadar também no mar e a Beth Padilha, referência em natação em Ilhabela, assim como seu filho Popoto, começaram a treiná-lo.
Depois conheceu Mario Bello, lenda no litoral de São Paulo, um dos inventores da prova 14 Bis. Ele sempre trabalhou com recuperação de pessoas doentes ou com problemas físicos, no mar, usando a chamada Talassoterapia.
"Com Mario Bello, aprendi a nadar no mar, aprendi a ter respeito pelo mar e por incrível que pareça, ele me ensinou a não ter medo de abrir os olhos e olhar pro fundo do mar. É um mestre, até hoje uma referência em maratonas aquáticas. Está com 70 anos e vive em Santos. De vez em quando aparece por aqui e nadamos juntos. Mario nada até hoje e ainda temos muito a aprender com ele."
Na sequência treinou com Zize, uma professora de ed. física, que morou em Ilhabela e o treinou por um tempo.
Atualmente quem é responsável pelos seus treinos em Ilhabela é a Camila Miguez. Na verdade, sua técnica desde final de 2006. Até hoje está lá, todos os dias, determinando os treinos, faça frio, calor, sol ou chuva. Camila tem a total admiração do Harry, porque mesmo ele recebendo treinamento de outra pessoa para o projeto do Canal da Mancha, ela participa desse processo acompanhando e corrigindo cada etapa.
A parte mais tocante no depoimento do Harry, foi ele reconhecer que ela não só não se intimidou com a presença de um outro técnico, como também compreendeu a importância desse projeto em especial.
Na "ode aos técnicos", Harry fez questão de reforçar o estímulo especial que está recebendo da Camila, que liga para ele à noite, ou na manhã seguinte aos treinos mais pesados, só para saber se ele está bem.
Descobri que "treino mais pesado", é apenas um eufemismo para amenizar o que os nadadores costumam chamar de "treino da morte".
Taí, Harry. Acho que conseguimos contar um pouquinho de cada um desses profissionais que têm importância na sua vida como atleta e como pessoa e ainda que eles nem tenham consciência do que representam para você, devem entender este post como um sincero "muito obrigado".
Agora, essa história de "treino da morte".... acho que você vai ter que explicar melhor, hein?

Pódio com a bandeira de Ilhabela

Um comentário:

  1. Tenho muito respeito a todos os técnicos que me ensinaram e ensinam ainda, e sem eles com certeza talvez não estaria nem pensando em concluir esta travessia, este sonho, pois eles são o alicerce de tudo isso, de todo o processo. Obrigado mais uma vez, pela paciência, determinação de vocês !!

    ResponderExcluir